Este blog foi feito com o intuito de expor poemas, explicar sobre goticismo, vampirismo entre outros a fim de ajudar a todos nós praticantes e interessados sobre o assunto.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos". - (Vicent Van Gogh)


Suicídio

O termo "suicídio'' foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras ''sui'' (si mesmo) e ''caederes'' (ação de matar). Esta conotação especifica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. Pode ser realizado através de atos (tiro, envenenamento ou enforcamento) ou pela omissão (greve de fome).

É considerada tentativa de suicídio qualquer ato não fatal de auto-mutilação ou de auto-envenenamento. A intenção da morte não deve ser incluída neste definição, pois nem sempre é manifestada. A gravidade da tentativa deve relacionar-se com a "potencialidade autodestrutiva" do método utilizado, com a probabilidade de uma intervenção de terceiros.

O suicídio é a conseqüência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve, e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal ponto que a morte torna-se único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Inconscientemente, o suicida tentou depositar a culpa de sua morte nos outros indivíduos que compõe seu ambiente social, principalmente nos familiares. Neste caso o suicídio funciona como um ''castigo''. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve.
Na civilização romana a morte não era significativa, importante era a forma de morrer: com dignidade e no momento certo. Para os primeiros cristãos, a morte equivalia à libertação, pois a doutrina pregava que a vida era um "vale de lágrimas e pecados". Nesse momento a morte surgia como um atalho ao paraíso.

Nos séculos V e VI os Concílios de Orleans , Braga e Toledo proibiram as honras fúnebres aos suicidas, e determinaram que mesmo aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Assim o suicídio passou a ser considerado um crime que poderia implicar na condenação à morte dos que fracassavam. Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.

Alguns fatores são comuns à indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por exemplo, é mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Porém, a faixa etária compreende genericamente dos 15 aos 44 anos.

Um ponto significativo à ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno. Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais freqüência nas classes médias.

Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem 3 vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto os homens são mais eficazes. Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.
A depressão também está aliada aos casos de suicídio. Porém, no auge das crises depressivas o indivíduo fica menos vulnerável a tais tentativas. Isto porque a depressão é caracterizada principalmente pela desmotivação, desinteresse e letargia do raciocínio. Nesse momento o indivíduo não se dispõe a nenhuma atividade, inclusive o ato de se matar. Alcançado este estágio, a tendência é a omissão, que também é considerado uma das formas de suicídio.

Jovens Suicidas

Entre os jovens (faixa etária que compreende dos 15 aos 24 anos) o suicídio já é a terceira causa de morte, atrás apenas dos acidentes e homicídios.
Os conflitos mais comuns que desencadeiam os suicídios entre os jovens são encontrados na educação, criação e conduta familiar dos indivíduos. O sentimento de culpa imposto pelas chantagens emocionais, agressões, castigos exagerados, criação e imposição de uma auto-imagem irreal ao indivíduo, o abandono afetivo e a superproteção são as principais causas dos suicídios cometidos entre os jovens. A soma desses, e outros fatores menos relevantes resultam numa desorganização da personalidade em desenvolvimento, desequilibra continuamente o sistema nervoso e desencontra o indivíduo do seu ego. Por conseqüências superficiais temos o bloqueio intelectual, a constante desmotivação pelas atividades cotidianas (como os estudos), a necessidade de uma fuga psíquica e o entorpecimento mental. Novamente o suicídio é o resultado mais grave dos desequilíbrios
Retirado do site SPECTRUM 

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