Este blog foi feito com o intuito de expor poemas, explicar sobre goticismo, vampirismo entre outros a fim de ajudar a todos nós praticantes e interessados sobre o assunto.

sábado, 31 de março de 2012


O Enigma da Vida (the enigma of life)

Sirenia

Ainda
assim fala o silêncio,


em
enigmas em minha mente


E
o tempo continua a passar enquanto eu ando


em
lágrimas nesta existência


Os
sonhos passam em silêncio,


eu
os vejo acenar para mim


Toda
esperança é longa desde que se foi,


acho
que nunca esteve lá afinal


Uma
miragem passou


Eu
sei que a escuridão me romperá


E
você não pode me salvar,


não
pode me pegar na queda


Eu
sinto a tristeza me abraçar,


esta
vida me deprava


Estou
perdido para sempre


Minha
vida escurece ano após ano,


e
ninguém parece realmente se importar


cada
vez mais forte dentro de mim


Não
vai deixar me libertar


Lágrimas
derramadas em silêncio


correm
em rios pelo meu rosto


E
pelo que ainda estou vivendo?


Não
aguento mais esta dor

sexta-feira, 30 de março de 2012



Darei-te beijos eternos nesta nossa partida,
afogarei meus sentimentos em teus lábios,
beberei do teu amor e entregarei-te o meu
que és mais que merecida.

Embora sangre em tua boca,
não me importarei!
Serás sangue de paixão...
De desejos que já tanto procurei.

Beijos sangrentos te darei em noites ou em dias,
nos mais íntimos momentos,
nos mais profundos pensamentos...
Nas mais belas poesias.

Mancharei meu rosto em teu rosto,
não me importarei com mais nada!
Com você somente... Em teu olhar apaixonada!

Beijos sangrentos e darei, sem pedir,
sem negar... Sem temor!
Neste momento e em muitos outros, eternamente,
até morrer-mos de amor!

Poemas de Florbela Espanca

Poemas de Florbela Espanca
Estes são alguns poemas retirados de ''Livro das Mágoas'' da escritora portuguesa Florbela Espanca (1894-1930).








Vaidade


Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...





Eu


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!





Lágrimas ocultas


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q’rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!





Noite de saudade


A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura...

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!

Por que és assim tão ’scura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem...
Talvez de ti, ó Noite!... Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!





Para quê?!


Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!

Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...

Beijos de amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!

Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...



Já não sei mas o que fazer

só me resta esperar

aguardar por um novo começo

ou um novo fim

só depende de mim...




quinta-feira, 29 de março de 2012

O ATO


Nossos corpos se abraçam,
as mãos se entrelaçam.
Nos olhos o desejo,
nas bocas que se unem
a ânsia dos beijos.
A respiração se entrecorta.
Minhas mãos acariciam seu corpo,
que responde ao meu em busca da posse.
Meus seios, nas suas mãos,
duas taças que transbordam
o vinho do prazer.
Suas mãos, as minhas..
caminham entre nossas pernas,
buscando passagens secretas.
A fenda que umedece, se abre,
recebe o falo ereto
que penetra, mete, arremete,
se inunda de louco prazer...

Minha voz num sussurro,
tenta eliminar seu cansaço...
Sua fronte no meu colo pousa,
serena, em descaso...
Minhas mãos,
Qual plumas,
passeiam ávidas pelo teu corpo...
Minha boca te acaricia
e no mais profundo
do teu ser...
Vem amparar teu gozo.
Sempre e mais, nos debatemos
nesse desejo louco,
que cresce, entumece, alaga e
despe nossas almas
e nos faz feliz, por ora...
Com tal ato.
GOZO

Viro, reviro,
Revido.
Torço
Abraço
Atiro
Me afasto.
Grito
Afago
Aninho.
Me deito
Te agarro
Nos mordemos
Nos amamos.
Num impulso
te expulso.
Me seguras,
Penetras,
Me apertas
Te enlouqueço
Gozamos
“Sonhos são para serem sonhados, pesadelos para serem vividos”
“Vivo no obscuro da solidão.”
“Você é a minha pessoa favorita que eu amo odiar”
“Seu sonho é meu maior pesadelo”
“A solidão é um refugio para quem tem a escuridão na alma.”
“Só confiarei em ti se morrer AGORA por mim!”

Recados



Eu vejo você parada
Parada sozinha
É um lugar solitário para você
Para você estar


Se você precisar de um ombro
Ou se você precisar de um amigo
Eu estarei aqui esperando
Até a amargura passar


Ninguém precisa da tristeza
Ninguém precisa da dor
Eu odeio ver você
Andando aí fora
Aí fora na chuva


Então não me castigue
Ou pense que eu te ofendi
Como aqueles que te levam
E te fazem sofrer


Nunca me deixe
Diga que sempre vai estar aqui
Tudo o que sempre quis
Era para voce Saber
que eu me importo com você...
Tudo Que Vai



Hoje é o dia
E eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia.
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro

Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar em algum lugar.

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais

Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais