Este blog foi feito com o intuito de expor poemas, explicar sobre goticismo, vampirismo entre outros a fim de ajudar a todos nós praticantes e interessados sobre o assunto.

terça-feira, 29 de março de 2011

Automutilação – Não esconda suas dores.

Texto de um outro blog autora desconhecida 
Eu pratico auto-mutilação e você ???
Muitos pensam que pessoas que se cortam são loucas ou estão querendo chamar a atenção das pessoas, mas isto tudo vai muito além do que você imagina.
Vejamos uma definição simples do termo: “Automutilação (AM), também conhecida como Autolesão (AL), corresponde a uma forma de lesão provocada deliberadamente por uma pessoa a seu próprio corpo sem intenção de suicídio. Os atos podem ter como intenção, o alívio de emoções insuportáveis, sensações de i-realidade e apatia (geralmente causadas por experiências dissociativas como adespersonalização). Esse comportamento é listado no DSM-IV-TRcomo sintoma do transtorno de personalidade borderline e é, algumas vezes, associado à doença mental, uma história de traumas e abusos,transtornos alimentares, baixa auto-estima e perfeccionismo.” (Definição pelo site: wikipédia).
Apesar de serem julgados como quem deseja chamar a atenção, a grande maioria das pessoas que se mutilam estão cientes dos seus atos e muitas vezes fazem de tudo para esconder as feridas, podendo oferecer explicações alternativas para os ferimentos. Um exemplo pessoal, quando tinha 15 anos e as feridas eram mais visíveis minha mãe me questionava querendo saber o que era aquilo, eu dizia sempre que era o Cícero (meu falecido gato) que havia me arranhado. Não sei se ela acreditava, mas não perguntava novamente.
A pessoa que usa da automutilação para se punir ou mesmo aliviar as dores psicológicas não pratica este ato com intenção de morte.
O que gostaria de passar a vocês leitores é: se você pratica este ato, ou conhecem alguém, ajude!
Realmente são pessoas que necessitam de paciência e ajuda, tanto médica como da família e amigos. Não julgue sem saber o quadro clinico em que a pessoa se encontra.
Sei o que muitos passam, este aqui é meu relato, há 11 anos eu provoquei minhas primeiras feridas, e com o passar dos anos, apesar de buscar ajuda, tive diversas recaídas e até mesmo uma tentativa de suicídio do histórico, pois há horas que um simples corte não anula certas dores mentais. Por isso eu estou me expondo aqui, quero que outras pessoas consigam falar, se libertar desta dor solitária.
Mas não é só se cortando que os automitilantes se punem ou aliviam os pensamentos, há uma variedade imensa, saiba quais são:
  • Esmurrar-se, chicotear-se;
  • Enforcar-se por alguns instantes;
  • Morder as próprias mãos, lábios, língua, ou braços;
  • Apertar ou reabrir feridas (Dermatotilexomania);
  • Arrancar os cabelos (Tricotilomania);
  • Queimar-se, incluindo com cigarro, produtos químicos (por exemplo, sal e gelo);
  • Furar-se com agulhas, arames, pregos, canetas;
  • Beliscar-se, incluindo com roupas e clips para papel;
  • Ingerir agentes corrosivos, alfinetes;
  • Envenenar-se, medicar-se (por exemplo, exagerar na dose de remédios e/ou álcool), sem intenção de suicídio.

Saiba que com o tempo, estes atos se transformam em manias, e qualquer motivo é motivo para se automutilar.
Isto não é brincadeira, muito menos modinha emo! É sério e deve ser tratado como tal.
Não se torture, desabafe, busque ajuda.

Freak Butterfly.
Saudades de postar minhas coisas ...
retomando agoraa com força total

Tenham uma boa noite blood kisses ...

Fetiches

Manda ser teu desejo.
Deixa-me ser teu prazer.
Deixa-me ser tua necessidade.
Vou te adorar,
Amar,
como una adita.
Diz tudo,
sem ocultar detalhe,

o que você vê,
o que gostas
o que tocas,
Diz tudo.
Confessa teus pecados,
podemos descobrir juntos,
A malicia do desejo e do prazer
e adentrar nas sombras.
Coloca
um lenço
nos meus olhos.
Para que meu mundo
seja tua mão.
Para que nada exista
além de você e eu,
e deste momento.
Diz que sou
suficiente para você.
Que posso ser teu mundo,
que podes ser o meu.
Explora-me.
Viaja através de mim.
Da minha mente.
Dos meus pensamentos
obscuros e profundos.
És minha rendição,
toma o que necessites.
Vem a mim.
Diz onde queres ir.
Diz o que desejas.
Manda ser teu desejo.
E cumpro com prazer
Mesmo sofrendo
Mesmo chorando irei te amar
Irei te possuir
Irei fazer
você sangrar junto comigo
irei te dilacerar como você me dilacerou
para saciar minha sede de amor
minha sede de dor e de prazer
para que você seja meu escravo eterno
minha perdição
meu erro
meu maior erro
minha morte e redenção
minha virgem perdição.

sexta-feira, 18 de março de 2011

traduçao my immortal - evanescence


Meu Imortal

Estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos meus medos infantis
E se você tiver que ir, eu desejo que vá logo
Porque sua presença ainda permanece aqui, e isso não vai me deixar em paz


Essas feridas parecem não cicatrizar
Essa dor é tão real
Existem muitas coisas que o tempo não pode apagar


Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim


Você costumava me cativar com sua luz ressonante
Agora sou limitada pela vida que você deixou pra trás
Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade que havia em mim


Essas feridas parecem não cicatrizar
Essa dor é tão real
Existem muitas coisas que o tempo não pode apagar


Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E segurei sua mão todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim.


Eu tentei com todas as forças dizer à mim mesma que você se foi
E embora você ainda esteja comigo
Eu tenho estado sozinha por todo esse tempo


Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E segurei a sua mão todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu sou as trevas por trás e por baixo
das sombras.

Eu sou a ausência de ar que espera no inicio de cada respiração.

Eu sou o fim antes que a vida recomece a deterioração que fertiliza o que vive.

Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.

Eu sou a chave que destranca todas as portas.

Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é
só seu.

Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores
medos.

Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.

Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.

Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei.

Viveremos sobre o ódio sobre o sangue e sobre a morte a
té o dia em que terei o maior prazer de encontrá-lo  na encruzilhada entre os mundos.

E dizer - Bem vindo as trevas !









melhores bandas góticas e dark 


To/Die/For
Apocalyptica
HIM
Lacrimosa
Cradle Of Filth - Nymphetamine
Dimmu Borgir - Puritania
Type O Negative - Black No. 1
Paradise Lost - Erased
Tristania - Angina
Rammstein - Engel
Marilyn Manson - Mobscene
within temptation - The Other Half (Of Me)
Therion - To Mega Therion
Re-Vision - Nair
Monspell - Soulsick
Dark Tranquillity - Feast of Burden
The Cure - Friday I´m in Love
Theatre of Tragedy - Soliloquy
White Zombie - Dragula
nightwish
tristania
moonspell
after forever
lacuna coil
lacrimosa
etwine
to/die/for
HIM
poison black
Tem tb o Theatre of tragedy
Beseech
Lacrimas Profundere(gothic/doom otimo)
Sirenia
Trail of tears
Xandria
For my pain
In perpetuum,etc
after forever
lacuna coil
tristania
the sins of thy beloved
therion
Beseech
Lacrimas ProfundereTrail of tears
Xandria
For my pain
In perpetuum
noturna
epica
wolfshein
tears of blood
silent cry
Elis
mandragora scream
draconian
green carnation
nemesea
aina.
anbeon
chandeen
BATTLELORE
DELIGHT
DARGAARD
to/die/for
The Beauty Of Death
Trisomy
Luminaria
Clair De Lune Morte
Autumn Rain Melancholy
A Sorrowful Dream
Aenima
Aesma Daeva
Alas
Amaran
Battlelore
Blood Tears
Butterfly Messiah
Fear The Future
Flowing Tears
poisonblack
Season's End

Eu queria ter um anjo[...]

Eu queria ter um anjo
para um momento de amor
Eu gostaria de ser o seu anjo
sua Virgem Maria desfeita
Eu sou apaixonado pela minha luxúria
Queimando asas de anjo em pó
Eu gostaria de ser seu anjo esta noite
Eu estou descendo tão frágil e cruel
Um disfarce bêbado muda todas as regras
está quente!! está queimando!
inferno, inferno

Maior emoção
Não para matar
Mas para ter o prêmio da noite
Eu dei um passo fora
Um coração inocente
Prepare-se para me odiar, caia quando
Eu te dilacerar
Esta noite vai te machucar como
nunca antes...
 




sábado, 12 de março de 2011

O credo das bruxas ...



 O credo das bruxas ...

 Ouça agora a palavra das Bruxas e dos Bruxos, 
 os segredos que na noite escondemos, 
 Quando a obscuridade era caminho e destino, 
 e que agora à luz nós trazemos. 
 
 Conhecendo a essência profunda, 
 dos mistérios da Água e do FOGO, 
 E da TERRA e do AR que circunda, 
 manteve silêncio o nosso povo. 
 
 No eterno renascimento da Natureza, 
 à passagem do Inverno e da Primavera, 
 Compartilhamos com o Universo da vida, 
 que num Círculo Mágico se alegra. 

 Quatro vezes por ano somos vistas, 
 no retorno dos grandes Sabás, 
 No antigo Halloween e em Beltane, 
 ou dançando em Imbolc e Lammas. 
 
 Dia e noite em tempo iguais vão estar, 
 ou o Sol bem mais perto ou longe de nós, 
 Quando, mais uma vez, BRUXAS e BRUXOS a festejar, 
 Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar. 
 
 Treze Luas de prata cada ano tem, 
 e treze são os COVENS também, 
 Treze vezes dançar nos Esbás com alegria, 
 para saudar a cada precioso ano e dia. 

 De um século a outro persiste o poder, 
 Que através das eras tem sido levado, 
 Transmitido sempre entre homem e mulher, 
 desde o princípio de todo o passado.
 

 Quando o círculo mágico for desenhado,  do poder conferido a algum instrumento,
    Seu compasso será a união entre os mundos, 
 na TERRA das sombras daquele momento.  
 O mundo comum não deve saber,  e o mundo do além também não dirá,  Que o maior dos DEUSES se faz conhecer,  e a grande Magia ali se realizará.  
  Na Natureza, são dois os poderes,   com formas e forças sagradas,   Nesse templo, são dos os pilares,   que protegem e guardam a entrada.  
  E fazer o que queres, será o desafio,   como amar a um AMOR q a ninguém vá magoar   Essa única regra seguimos a fio,   para a Magia dos antigos se manifestar.  
 Oito palavras o credo das BRUXAS e BRUXOS enseja:  sem prejudicar a ninguém, faça o q vc deseja!

O que é ser um(a) bruxo(a) ?


 O que é ser um (a) bruxo(a) ?





Ser um(a) bruxo(a) é:

Se você perguntar a seus conhecidos o que é uma bruxa, provavelmente eles lhe dirão que bruxas não existem. Bruxas, afirmarão eles, são personagens imaginários, representados como velhas horrorosas, com verrugas no nariz, chapéus compridos e pretos em formato de cone, montadas em cabos de vassoura, que criam gatos pretos e dão gargalhadas malignas, bastante parecidas com cacarejos. (…) Provavelmente, nenhuma bruxa, em tempo algum, jamais tenha tido as características desse estereótipo. Todavia, bruxas existem realmente. (…) Dentre as bruxas que conhecemos, nenhuma correspondeu a esse estereótipo, exceto talvez em festas à fantasia.

As bruxas e bruxos são pessoais normais. Você diferencia algum católico ou budista na rua? Pois é, com as bruxas e bruxos também é assim que funciona. É uma escolha espiritual e/ou religiosa, somente.
Existem diversas abordagens hoje sobre o que é um bruxo ou uma bruxa. Vale a pena esclarecer que usamos mais comumente o termo no feminino que no masculino, por uma simples convenção histórica. Sempre se referiu-se mais às bruxas que aos bruxos, mas para nós não há diferença, é simplesmente um hábito. Sendo assim, garotos, não se ofendam. 
Abordagens que temos das bruxas e bruxos:
  1. Bruxa é o mesmo que feiticeira (abordagem antropológica e “cientificamente” aceita);
  2. Bruxas adoram o diabo (abordagem histórica da bruxaria européia e por alguns grupos religiosos intolerantes);
Bruxas reverenciam deusas e deuses e praticam magia (abordagem adotada pela maioria dos bruxos modernos);
Cada um desses pontos de vista podem ser justificados. Infelizmente, quem deseja ir a fundo nessa questão encontrará pouca ajuda nos livros que existiam até pouco tempo em bibliotecas populares ou livrarias. Aos poucos, mais e mais livros sobre bruxaria vão surgindo, e a coisa vai ficando menos mistificada.
Para falar, então, o que uma bruxa (ou bruxo) é, podemos falar, antes, do que uma bruxa (ou bruxo) não é. Veja o esclarecimento de algumas dúvidas abaixo:
Bruxas(os) são a mesma coisa que curandeiras(os)?
Não totalmente. O curandeiro pratica magia, mas sua função, muitas vezes, é justamente a de combater as ameaças ou efeitos da bruxaria. No entanto, se pegarmos a palavra curandeiro e analisarmos a essência de seu significado (“curar”), veremos que muitas bruxas podem sim ser curandeiras. Preparamos chás, infusões, poções, tudo no sentido de curar, causar algum efeito no corpo. Sendo assim, vamos dizer que não, não são a mesma coisa. Mas as bruxas têm práticas de cura, sim. Não dá para generalizar. Não é 8 ou 80, como a maioria dos conceitos, realmente.
Bruxas(os) são a mesma coisa que magas(os)?
Não, mas têm a ver. Um mago é quem pratica magia. Ou seja, qualquer pessoa que pratica magia pode ser considerada um mago, teoricamente. Bruxas e bruxos também praticam magia, mas é uma magia mais específica – a magia que envolve a Natureza, os poderes naturais. E não há só esse tipo de magia. Uma pessoa pode praticar magia baseada na cabala, por exemplo. Isso não é bruxaria, só magia. Ou magia cristã. Ou magia blablabla. Existem diversas formas de magia. A Bruxaria é apenas uma delas. Sendo assim, todo bruxo é um mago da Natureza, mas nem todo mago é um bruxo, pois ele pode fazer uso de outros tipos de magia, que não a natural.
Bruxas(os) são a mesma coisa que wiccans?
Não. Esse é o grande equívoco da atualidade. A Wicca é uma religião que foi criada no século XX e mistura elementos pagãos com diversas outras vertentes. Não é sinônimo de Bruxaria. É bem diferente. Porém, a visão dos wiccans é a de que sua religião é um “reavivamento da Antiga Religião”, então é normal ouvir esse tipo de crença por parte deles.
Todas as bruxas e bruxos são iguais no mundo inteiro?
Não. Existem grandes e profundas variações entre a bruxaria das diversas culturas.
Bruxas(os) estão relacionadas(os) às possessões?
Não necessariamente, mas há casos. A possessão é um ataque interno de maus espíritos sobre um indivíduo; uma invasão energética; já a obsessão é um ataque externo e físico perpetrado por tais espíritos malignos. Em nenhum dos casos a vítima realiza um pacto voluntário com o espírito maligno. Na chamada “bruxaria diabólica” das épocas da Renascença e da Reforma européias, por outro lado, a chamada bruxa convocava o mau espírito por meio de invocações, dentre outras formas. Quase todos os bruxos hoje condenam totalmente esse tipo de prática.
Bruxas(os) praticam a “missa negra”?
Não. A missa negra é desconhecida na história da bruxaria européia e certamente não faz parte do repertório dos bruxos modernos. A única ocasião em que a missa negra foi historicamente registrada foi na corte do rei francês Luis XIV, e ainda assim como uma forma de sátira grosseira do catolicismo. Alguns satanistas modernos celebram a missa negra, mas satanismo não tem nada a ver com bruxaria, portanto, não, as bruxas e bruxos não celebram a missa negra.
As bruxas surgiram na Idade Média?
Não. As crenças nas quais as bruxas e bruxos se baseiam remontam ao período Paleolítico. As acusações de bruxaria surgiram somente no final da Idade Média. As grandes perseguições às bruxas ocorreram durante a Renascença, a Reforma e o século XVII.
Todas as bruxas são velhas?
Não. Tanto no passado quanto no presente, muitos homens praticam a bruxaria, além do que muitas bruxas eram bastante jovens, até crianças. Até hoje é assim. Essa idéia de que as bruxas são velhas, têm verrugas no nariz etc vem da imagem construída ao longo da história, mas que nada tem a ver com a realidade, conforme citamos no início deste texto. Há uma longa tradição artística que se estende do século XIII a Goya fixando essa imagem em nossas mentes.

Fonte: Elenize



Como posso me tornar um(a) bruxo(a)?

Como posso me tornar um(a) bruxo(a)?


 

Não vamos enrolar aqui. Se você quer ser um(a) bruxo(a), seguem as principais dicas, que servem como conselhos ou instruções:Você deve ler MUITO, mas muito mesmo. Se você está perguntando a si mesmo(a) como faz para se tornar um(a) bruxo(a), isso significa que você não faz parte de um coven (grupo de bruxas e bruxos), portanto seu caminho será solitário, pelo menos no início. Assim, você é seu próprio mestre. Você deve ter sede de conhecimento. Não espere respostas mastigadinhas dos outros. Corra atrás das informações.

Esse estudo será para sempreAos poucos você começará a praticar. Um complementa o outro.
Freqüentemente as pessoas mandam algumas mensagens do tipo: “Não sou iniciada ainda; como posso celebrar os sabás?” ou “Não tenho o athame; como faço para lançar o círculo?”. Não estamos falando aqui em como se tornar wiccan! Para se tornar wiccan você deve ser iniciado na religião. Neste textos falaremos sobre Bruxaria.
Não é necessário um ritual para alguém se tornar bruxo(a). O que faz de uma pessoa bruxa é a prática e a sua vida como tal. Ouve-se muito as pessoas falarem sobre iniciação e auto-iniciação, mas estas se referem somente à Wicca, que é apenas um caminho relacionado à Bruxaria. A Bruxaria possui uma diversidade enorme. Talvez o mais correto mesmo fosse dizer “bruxarias” (no plural), porque a Bruxaria é absurdamente diferente em todo o mundo, em todas as épocas. Recebemos aqui no site visitantes não só do Brasil, mas de toda a América Latina e também de países que falam a língua portuguesa, de Portugal a Moçambique. Imagine a diversidade dessas culturas. A Bruxaria existe em todas elas, mas obviamente com suas particularidades e herança cultural.
Você deve ler MUITO, mas também deve ter a consciência de que nenhum livro é a visão definitiva da Bruxaria ou do Paganismo, mesmo os mais confiáveis. A Bruxaria, por não ter um conjunto de leis fixas como a maioria das religiões, e também por não ter um livro sagrado que guie seus adeptos, traz uma certa liberdade de expressão na “religião”. Assim,há diversas vertentes, tradições e visões. Talvez você se identifique mais com um autor do que com outro, mas isso não significa que deva ler apenas os livros daquele autor. Leia tudo o que puder. Cultura nunca é demais.
Muitos também nos escrevem dizendo que não se sentem à vontade para praticar. “Já estudo há dois anos, mas nunca fiz um ritual”. Isso não é Bruxaria. A Bruxaria deve evoluir em teoria e prática. Você só começará a trabalhar seu caminho e espiritualidade como bruxa se desenvolver ambas as coisas. Não adianta só ler, ou só praticar. Isso causa um desequilíbrio que não a levará a nenhum tipo de aprendizado. E não é questão de fazer feitiços, mas sim de vivência. O nosso próprio site é um exemplo de como a Bruxaria está totalmente ligada às atividades do dia-a-dia.
Desde o começo, teoria e prática devem caminhar juntas. Estude muito, leia muito, mas vá praticando singelamente. Ninguém precisa ser um expert em magia pra começar a praticar. A magia da Natureza está acessível a todos, e é o que as bruxas e bruxos praticam. Se você estiver fazendo com amor e humildade, não há nada de mal, nem qualquer tipo de perigo. Se você não ousar, que tipo de bruxa(o) espera ser?
A verdade é que só o dia-a-dia e o passar dos anos fazem de você um(a) bruxo(a).  Simplesmente esqueça iniciação – não tem nada a verNecessário mesmo é praticar, estudar, desenvolver-se espiritualmente, buscar uma conexão íntima com os deuses, saber fazer. Isso só vem com o tempo, com o estudo e com a experiência prática.
Também recebemos muitas mensagens do tipo: “Não tenho dinheiro para comprar livros”. Oras, costumo dar sempre três respostas bem básicas a essas mensagens conformistas:
1. A Internet é um mundo que você pode acessar, senão não estaria me enviando esta mensagem. Portanto, vasculhe neste site inteiro, que você já terá uma base bem legal. Há milhões de opções. Há as listas de discussões, as comunidades do Orkut. Só não aprende quem não quer. Com uma procura rápida no Google, você fica sabendo o básico da Bruxaria em menos de uma semana. Mas tenha um certo bom senso, pois existe muita coisa sobre Bruxaria por aí que não é bem Bruxaria. Veja abaixo alguns textos esclarecendo um pouco mais sobre este assunto e fique atento(a).
2. Se você tem pressa para ser um(a) bruxo(a), esqueça. A Bruxaria não é um pastel, que você pede e em cinco minutos está na sua mão, pronto para ser saboreado. A Bruxaria é para a vida toda; tem gente que estuda décadas e ainda assim sabe que tem muitíssimo a aprender. Aliás, estamos sempre aprendendo. A Bruxaria é uma prática que você vai amadurecendo. Tem coisas que só a vida mesmo pode nos mostrar, por isso, não tenha pressa com sua vida espiritual. Você pode ler um milhão de livros e sites em um mês, que não fará diferença. Tem conceitos que você só entenderá quando vivenciar. Se você não tem dinheiro para comprar livros no momento, isso é uma desculpa. Daqui a um tempo você vai estar trabalhando e terá seu próprio dinheiro, nem que seja o suficiente para ler um livro por ano. Em lojas de livros usados, você encontra opções por até menos de dez reais. Tenha calma. Tudo a seu tempo, dentro das suas possibilidades. Se tem algo que vocênão precisa ter para praticar Bruxaria é dinheiro.
3. Tenha prioridades. Se você não quer deixar de comer três vezes no fast-food para economizar e comprar um livro, não culpe a falta de dinheiro para não comprá-lo.
Vale lembrar, mais uma vez, que a Bruxaria é um ofício que remete ao seu desenvolvimento pessoal, que é absolutamente interno. Ou seja, você vai perceber que, aos poucos, mudará muito, terá outra visão de muitos fatos, aprenderá a pensar mais antes de fazer etc.
Vale lembrar também que se você quer se tornar um(a) bruxo(a) porque acha o mundo da magia “lindo”, porque acha que a Bruxaria é como a retratada nos livros do Harry Potter, porque quer ter poder sobre os outros, porque quer ser “diferente” da sociedade ou por qualquer outro motivo que não seja o seu desenvolvimento como ser humano através da Magia da Natureza, então é melhor você parar por aqui, pois certamente irá se decepcionar.A Bruxaria é para todos, mas nem todos são para a Bruxaria. Isso não significa que você não possa gostar dessas coisas. Eu mesma adoro Harry Potter. Mas não espere fazer com a Bruxaria o mesmo que eles fazem. Aquilo é ficção.
Repense suas atitudes e, se perceber que quer ser um(a) bruxo(a) por esta ser a sua real vontade, algo que você quer de coração e que sente não poder mais fugir, seja extremamente bem-vinda(o) a esse mundo mágico. Suas intenções são verdadeiras e é isso que fará de você um(a) verdadeiro(a) bruxo(a). Aproveite bastante esse momento, registre o que sente.
E boa dedicação. 

Fonte: Elenize

A lei da Wicca !

A lei da Wicca !



"A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiaça perfeita.
Viva e deixa viver.
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal se afasta
E para afirmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração te deixará levar.
Para o poderoso norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te trás um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lenttiDão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começar a girar
É hora do fogo de Baltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de Chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não te dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal despote,
Usa a estrela azul na frote.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar :
faz o que tu queres,
sem nenhum mal causar. "

Fonte: Luana Tibula

sexta-feira, 11 de março de 2011

coisas minhas ....


Falsa vida 


A relva sobre minha face , o frio que me inundava , a tristeza que me consumia , os gritos que me atormentavam, as palavras baixas que você sussurrava em meus ouvidos , os momentos, os nossos momentos, os meus momentos...
Tudo foi destruído, tudo foi acabado , nada restara de minha medíocre vida, nenhuma lembrança , nenhuma marca, nenhum registros de uma vida que parece não ter existido...
Nenhum relato sobre minhas maldades, nenhum relato sobre minha existência, nenhum relato, nenhuma vida...  

    

 Eu preciso


Eu preciso de você, mesmo que você não me queira, eu preciso de você, mesmo que você me mande embora, eu estarei lá a sua espera , mesmo que você me mate eu permanecerei ao seu lado por toda a eternidade, mesmo que você acabe com todas minhas chances eu não saberei disso , mesmo que você tente me dilacerar meu interior não te abandonara, eu não vou te abandonar, meu ultimo juramento...
Ontem você precisou de mim , hoje eu preciso de você... hoje eu desejo você , hoje eu  tenho que te ter em meus braços, hoje , somente hoje, e nada mais , é somente o que te peço , só mais um dia só mais uma tentativa , só mais um dia de ilusão, seu falso amor , suas falsas palavras, nossa falsa paixão...
Somente mais uma vez, antes que a morte me domine, antes que todos meus registros se apaguem, antes que eu deixe de existir , antes que eu deixe de te amar ...

 

Atos errados 


Nossos olhares , nossas conversas , nossos toques, nossos beijos, nossos sentimentos, são falsos são forjados , desde a um simples olhar ate os meus sussurros de eu te amo, as maiores conversas ou as pequenas mensagens, eu só queria me livrar da minha grande dor,a minha dor e usei você , enganei você , menti para você, hoje você não é capaz de sobreviver sem meu “amor” minha farsa , minha ilusão , hoje estou presa a ela , amarrada, acorrentada a viver uma vida infeliz , não vou conseguir fingir eternamente , não vou te fazer feliz por muito tempo, sei disso, não vou conseguir mentir por tanto tempo, não vou conseguir sentir seu pênis me adentrar sobre uma mentira, sobre uma farsa, sobre a minha mentira...
Hoje sem alternativas mais uma vez te engano, mais uma vez te iludo, mais uma vez me iludo sei que não te amo , mas tentarei aprender te amar mesmo sabendo que eu possa sofrer com isso mas para mim hoje o que importa é a sua felicidade e nada mais...

Diferença entre góticos e emos

Diferença entre góticos e emos


 


Usam roupas e acessórios pretos, vivem em lugares estranhos, só andam em grupos, se vestem de formas estranhas e às vezes engraçadas, ouvem musicas diferentes e tem até um jeito de se portar todo diferente do resto da sociedade, mas cuidado eles são inimigos mortais e não gostam de ser confundidos embora existam muitas semelhanças, estou falando dos Emos e dos Góticos, dois estilos diferentes que devem ser respeitados pelo resto da sociedade, mesmo não gostando desses estilos devem respeitar o gosto dessas pessoas consideradas diferentes.
obs : maior diferença nós somos seres humanos haha .... nao bichinhas cor de rosa ...





emos
Na verdade os Góticos e os Emos são duas tribos urbanas, porém os Góticos existem há muito mais tempo que os emos. Existem indícios que eles surgiram na França no século XVIII e prezam até hoje a morte, o silêncio, a melancolia e adoram rock , e também vale lembrar que muitas pessoas góticas gostam de freqüentar cemitérios de noite. Já os Emos, são bem mais novos, surgiram há pouco tempo, e são os adolescentes que usam franjão e vivem por amor, chorando, se emocionando fácil e sempre ouvindo NXZero, pois essa é uma banda emo que já ficou conhecida pelo seu estilo e pelas suas músicas que conseguem fazer qualquer emo se emocionar.
Obs: e 99 % dos meninos emos são gays
  
Existe cena mais romântica, digo emâninca do que essa? Olho fechado, sinal que tá curtindo pencas o beijo

Essas duas tribos urbanas continuarão sendo vistas nas maiores cidades brasileiras com seus estilos que chamam bastante atenção, porque eles costumam usar roupas da cor preta e ainda usam aqueles acessórios bem chamativos, é por isso que eles sempre serão notados pela sociedade..
Esses dois estilos diferentes não devem ser confundidos pela sociedade brasileira que já deve ter se deparado com algum emo ou gótico, pois como já dito são inimigos mortais que não podem ser confundidos de maneira algumas, porque emos não gostam dos góticos que vivem há mais tempo com seu estilo que até pode ser parecido para quem não sabe muito dessas duas tribos urbanas.
 
 
emos filha da ******
todo emo é viado….
eu conversei uma veizz com uma mina..
e ela falo q a maioria éh viado
pra mim todos são
veio….
o q da na kbeça desses bostas de vira emo
usa calça colorida pekena grudada no #* !!!
usa makiagen colorida rosa,asul... cabelos éca…afinam ateh a vozz !!! da raiva dakeles kra q acabam de vira emo dexa akele cabelo ridiculu !!vi ateh hum usando bolsa de muié!!!
e fora daqueles gordos bolhas q usam camisa e calça curta com a banha de fora e achando os gostosões da parada !!!
antes q eu me esqueça…emos=>VAUM TOMA NOS SEUS ****

Gato Preto





 
Gato Preto
EDGAR ALLAN POE

        Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã posso morrer e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e estruíram. No entanto, não tentarei esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror - mas, em muitas pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotesco. Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum - uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que, a minha, que perceba, nas circunstâncias a que me refiro com terror, nada mais do que uma sucessão comum de causas e efeitos muito naturais.
    Desde a infância, tomaram-se patentes a docilidade e o sentido humano de meu caráter. A ternura de meu coração era tão evidente, que me tomava alvo dos gracejos de meus companheiros. Gostava, especialmente, de animais, e meus pais me permitiam possuir grande variedade deles. Passava com eles quase todo o meu tempo, e jamais me sentia tão feliz como quando lhes dava de comer ou os acariciava. Com os anos, aumentou esta peculiaridade de meu caráter e, quando me tomei adulto, fiz dela uma das minhas principais fontes de prazer. Aos que já sentiram afeto por um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou a intensidade da satisfação que se pode ter com isso. Há algo, no amor desinteressado, e capaz de sacrifícios, de um animal, que toca diretamente o coração daqueles que tiveram ocasiões freqüentes de comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade de um simples homem.
    Casei cedo, e tive a sorte de encontrar em minha mulher disposição semelhante à minha. Notando o meu amor pelos animais domésticos, não perdia a oportunidade de arranjar as espécies mais agradáveis de bichos. Tínhamos pássaros, peixes dourados, um cão, coelhos, um macaquinho e um gato. Este último era um animal extraordinariamente grande e belo, todo negro e de espantosa sagacidade. Ao referir-se à sua inteligência, minha mulher, que, no íntimo de seu coração, era um tanto supersticiosa, fazia freqüentes alusões à antiga crença popular de que todos os gatos pretos são feiticeiras disfarçadas. Não que ela se referisse seriamente a isso: menciono o fato apenas porque aconteceu lembrar-me disso neste momento.
    Plutão - assim se chamava o gato - era o meu preferido, com o qual eu mais me distraía. Só eu o alimentava, e ele me seguia sempre pela casa. Tinha dificuldade, mesmo, em impedir que me acompanhasse pela rua. Nossa amizade durou, desse modo, vários anos, durante os quais não só o meu caráter como o meu temperamento _ enrubesço ao confessá-lo _ sofreram, devido ao demônio da intemperança, uma modificação radical para pior. Tomava-me, dia a dia, mais taciturno, mais irritadiço, mais indiferente aos sentimentos dos outros. Sofria ao empregar linguagem desabrida ao dirigir-me à minha mulher. No fim, cheguei mesmo a tratá-la com violência. Meus animais, certamente, sentiam a mudança operada em meu caráter. Não apenas não lhes dava atenção alguma, como, ainda, os maltratava. Quanto a Plutão, porém, ainda despertava em mim consideração suficiente que me impedia de maltratá-lo, ao passo que não sentia escrúpulo algum em maltratar os coelhos, o macaco e mesmo o cão, quando, por acaso ou afeto, cruzavam em meu caminho. Meu mal, porém, ia tomando conta de mim  que outro mal pode se comparar ao álcool ? e, no fim, até Plutão, que começava agora a envelhecer e, por conseguinte, se tomara um tanto rabugento, até mesmo Plutão começou a sentir os efeitos de meu mau humor.
    Certa noite, ao voltar a casa, muito embriagado, de uma de minhas andanças pela cidade, tive a impressão de que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de   mim. Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos !  Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.
    Quando, com a chegada da manhã, voltei à razão  dissipados já os vapores de minha orgia noturna , experimentei, pelo crime que praticara, um sentimento que era um misto de horror e remorso; mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, pois minha alma permaneceu impassível.Mergulhei novamente em excessos, afogando logo no vinho a lembrança do que acontecera.
    Entrementes, o gato se restabeleceu, lentamente. A órbita do olho perdido apresentava, é certo, um aspecto horrendo, mas não parecia mais sofrer qualquer dor. Passeava pela casa como de costume, mas, como bem se poderia esperar, fugia, tomado de extremo terror, à minha aproximação.                 Restava-me ainda o bastante de meu antigo coração para que, a princípio, sofresse com aquela evidente aversão por parte de um animal que, antes, me amara tanto. Mas esse sentimento logo se transformou em irritação. E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade. Desse espírito, a filosofia não toma conhecimento. Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante mesmo quando estamos no melhor do nosso juízo, para violar aquilo que é lei, simplesmente porque a compreendemos como tal? Esse espírito de perversidade, digo eu, foi a causa de minha queda final. O vivo e insondável desejo da alma de atormentar-se a si mesma, de violentar sua própria natureza, de fazer o mal pelo próprio mal, foi o que me levou a continuar e, afinal, a levar a cabo o suplício que infligira ao inofensivo animal. Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado _ um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.
    Na noite do dia em que foi cometida essa ação tão cruel, fui despertado pelo grito de "fogo!". As cortinas de minha cama estavam em chamas. Toda a casa ardia. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens terrenos foram tragados pelo fogo, e, desde então, me entreguei ao desespero.
    Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito - entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou descrevendo uma seqüência de fatos, e não desejo omitir nenhum dos elos dessa cadeia de acontecimentos. No dia seguinte ao do incêndio, visitei as ruínas. As paredes, com exceção de uma apenas, tinham desmoronado. Essa única exceção era constituída por um fino tabique interior, situado no meio da casa, junto ao qual se achava a cabeceira de minha cama. O reboco havia, aí, em grande parte, resistido à ação do fogo - coisa que atribuí ao fato de ter sido ele construído recentemente. Densa multidão se reunira em torno dessa parede, e muitas pessoas examinavam, com particular atenção e minuciosidade, uma parte dela, As palavras "estranho!", "singular!", bem como outras expressões semelhantes, despertaram-me a curiosidade. Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em tomo do pescoço do animal.
    Logo que vi tal aparição - pois não poderia considerar aquilo como sendo outra coisa - , o assombro e terror que se me apoderaram foram extremos. Mas, finalmente, a reflexão veio em meu auxílio. O gato, lembrei-me, fora enforcado num jardim existente junto à casa. Aos gritos de alarma, o jardim fora imediatamente invadido pela multidão. Alguém deve ter retirado o animal da árvore, lançando-o, através de uma janela aberta, para dentro do meu quarto. Isso foi feito, provavelmente, com a intenção de despertar-me. A queda das outras paredes havia comprimido a vítima de minha crueldade no gesso recentemente colocado sobre a parede que permanecera de pé. A cal do muro, com as chamas e o amoníaco desprendido da carcaça, produzira a imagem tal qual eu agora a via.
    Embora isso satisfizesse prontamente minha razão, não conseguia fazer o mesmo, de maneira completa, com minha consciência, pois o surpreendente fato que acabo de descrever não deixou de causar-me, apesar de tudo, profunda impressão. Durante meses, não pude livrar-me do fantasma do gato e, nesse espaço de tempo, nasceu em meu espírito uma espécie de sentimento que parecia remorso, embora não o fosse. Cheguei, mesmo, a lamentar a perda do animal e a procurar, nos sórdidos lugares que então freqüentava, outro bichano da mesma espécie e de aparência semelhante que pudesse substituí-lo.
    Uma noite, em que me achava sentado, meio aturdido, num antro mais do que infame, tive a atenção despertada, subitamente, por um objeto negro que jazia no alto de um dos enormes barris, de genebra ou rum, que constituíam quase que o único mobiliário do recinto. Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o com a mão. Era um gato preto, enorme,  tão grande quanto Plutão e que, sob todos os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Plutão não tinha um único pêlo branco em todo o corpo e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.
    Ao acariciar-lhe o dorso, ergueu-se imediatamente, ronronando com força e esfregando-se em minha mão, como se a minha atenção lhe causasse prazer. Era, pois, o animal que eu procurava. Apressei-me em propor ao dono a sua aquisição, mas este não manifestou interesse algum pelo felino. Não o conhecia; jamais o vira antes.
    Continuei a acariciá-lo e, quando me dispunha a voltar para casa, o animal demonstrou disposição de acompanhar-me. Permiti que o fizesse  detendo-me, de vez em quando, no caminho, para acariciá-lo. Ao chegar, sentiu-se imediatamente à vontade, como se pertencesse a casa, tomando-se, logo, um dos bichanos preferidos de minha mulher.
     De minha parte, passei a sentir logo aversão por ele. Acontecia, pois, justamente o contrário do que eu esperava. Mas a verdade é que - não sei como nem por quê - seu evidente amor por mim me desgostava e aborrecia. Lentamente, tais sentimentos de desgosto e fastio se converteram no mais amargo ódio. Evitava o animal. Uma sensação de vergonha, bem como a lembrança da crueldade que praticara, impediam-me de maltratá-lo fisicamente. Durante algumas semanas, não lhe bati nem pratiquei contra ele qualquer violência; mas, aos poucos - muito gradativamente, passei a sentir por ele inenarrável horror, fugindo, em silêncio, de sua odiosa presença, como se fugisse de uma peste.
    Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa, que, como Plutão, também havia sido privado de um dos olhos. Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.
    No entanto, a preferência que o animal demonstrava pela minha pessoa parecia aumentar em razão direta da aversão que sentia por ele. Seguia-me os passos com uma pertinácia que dificilmente poderia fazer com que o leitor compreendesse. Sempre que me sentava, enrodilhava-se embaixo de minha cadeira, ou me saltava ao colo, cobrindo-me com suas odiosas carícias. Se me levantava para andar, metia-se-me entre as pernas e quase me derrubava, ou então, cravando suas longas e afiadas garras em minha roupa, subia por ela até o meu peito. Nessas ocasiões, embora tivesse ímpetos de matá-lo de um golpe, abstinha-me de fazê-lo devido, em parte, à lembrança de meu crime anterior, mas, sobretudo _ apresso-me a confessá-lo , pelo pavor extremo que o animal me despertava.
Esse pavor não era exatamente um pavor de mal físico e, contudo, não saberia defini-lo de outra maneira. Quase me envergonha confessar; Sim, mesmo nesta cela de criminoso , quase me envergonha confessar que o terror e o pânico que o animal me inspirava eram aumentados por uma das mais puras fantasias que se possa imaginar. Minha mulher, mais de uma vez, me chamara a atenção para o aspecto da mancha branca a que já me referi, e que constituía a única diferença visível entre aquele estranho animal e o outro, que eu enforcara. O leitor, decerto, se lembrará de que aquele sinal, embora grande, tinha, a princípio, uma forma bastante indefinida. Mas, lentamente, de maneira quase imperceptível que a minha imaginação, durante muito tempo, lutou por rejeitar como fantasiosa , adquirira, por fim, uma nitidez rigorosa de contornos. Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz tremer... E, sobretudo por isso, eu o encarava como a um monstro de horror e repugnância, do qual eu, se tivesse coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem de uma coisa odiosa, abominável: a imagem da forca! Oh, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte!
    Na verdade, naquele momento eu era um miserável - um ser que ia além da própria miséria da humanidade. Era uma besta-fera, cujo irmão fora por mim desdenhosamente destruído... uma besta-fera que se engendrara em mim, homem feito à imagem do Deus Altíssimo. Oh, grande e insuportável infortúnio! Ai de mim! Nem de dia, nem de noite, conheceria jamais a bênção do descanso! Durante o dia, o animal não me deixava a sós um único momento; e, à noite, despertava de hora em hora, tomado do indescritível terror de sentir o hálito quente da coisa sobre o meu rosto, e o seu enorme peso - encarnação de um pesadelo que não podia afastar de mim - pousado eternamente sobre o meu coração!
Sob a pressão de tais tormentos, sucumbiu o pouco que restava em mim de bom. Pensamentos maus converteram-se em meus únicos companheiros - os mais sombrios e os mais perversos dos pensamentos. Minha rabugice habitual se transformou em ódio por todas as coisas e por toda a humanidade - e enquanto eu, agora, me entregava cegamente a súbitos, freqüentes e irreprimíveis acessos de cólera, minha mulher - pobre dela! - não se queixava nunca convertendo-se na mais paciente e sofredora das vítimas.
    Um dia, acompanhou-me, para ajudar-me numa das tarefas domésticas, até o porão do velho edifício em que nossa pobreza nos obrigava a morar, O gato seguiu-nos e, quase fazendo-me rolar escada abaixo, me exasperou a ponto de perder o juízo. Apanhando uma machadinha e esquecendo o terror pueril que até então contivera minha mão, dirigi ao animal um golpe que teria sido mortal, se atingisse o alvo. Mas minha mulher segurou-me o braço, detendo o golpe. Tomado, então, de fúria demoníaca, livrei o braço do obstáculo que o detinha e cravei-lhe a machadinha no cérebro. Minha mulher caiu morta instantaneamente, sem lançar um gemido.
    Realizado o terrível assassínio, procurei, movido por súbita resolução, esconder o corpo. Sabia que não poderia retirá-lo da casa, nem de dia nem de noite, sem correr o risco de ser visto pelos vizinhos.
Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi, depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de idéia e decidi metê-lo num caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma idéia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas vítimas.
Aquela adega se prestava muito bem para tal propósito. As paredes não haviam sido construídas com muito cuidado e, pouco antes, haviam sido cobertas, em toda a sua extensão, com um reboco que a umidade impedira de endurecer. Ademais, havia uma saliência numa das paredes, produzida por alguma chaminé ou lareira, que fora tapada para que se assemelhasse ao resto da adega. Não duvidei de que poderia facilmente retirar os tijolos naquele lugar, introduzir o corpo e recolocá-los do mesmo modo, sem que nenhum olhar pudesse descobrir nada que despertasse suspeita.
    E não me enganei em meus cálculos. Por meio de uma alavanca, desloquei facilmente os tijolos e tendo depositado o corpo, com cuidado, de encontro à parede interior. Segurei-o nessa posição, até poder recolocar, sem grande esforço, os tijolos em seu lugar, tal como estavam anteriormente. Arranjei cimento, cal e areia e, com toda a precaução possível, preparei uma argamassa que não se podia distinguir da anterior, cobrindo com ela, escrupulosamente, a nova parede. Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada. Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em tomo, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu trabalho não foi em vão".
    O passo seguinte foi procurar o animal que havia sido a causa de tão grande desgraça, pois resolvera, finalmente, matá-lo. Se, naquele momento, tivesse podido encontrá-lo, não haveria dúvida quanto à sua sorte: mas parece que o esperto animal se alarmara ante a violência de minha cólera, e procurava não aparecer diante de mim enquanto me encontrasse naquele estado de espírito. Impossível descrever ou imaginar o profundo e abençoado alívio que me causava a ausência de tão detestável felino. Não apareceu também durante a noite - e, assim, pela primeira vez, desde sua entrada em casa, consegui dormir tranqüila e profundamente. Sim, dormi mesmo com o peso daquele assassínio sobre a minha alma.
    Transcorreram o segundo e o terceiro dia, e o meu algoz não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre. O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não tomaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha tenebrosa ação pouco me inquietava. Foram feitas algumas investigações, mas respondi prontamente a todas as perguntas. Procedeu-se, também, a uma vistoria em minha casa, mas, naturalmente, nada podia ser descoberto. Eu considerava já como coisa certa a minha felicidade futura.
    No quarto dia após o assassinato, uma caravana policial chegou, inesperadamente, a casa, e realizou, de novo, rigorosa investigação. Seguro, no entanto, de que ninguém descobriria jamais o lugar em que eu ocultara o cadáver, não experimentei a menor perturbação. Os policiais pediram-me que os acompanhasse em sua busca. Não deixaram de esquadrinhar um canto sequer da casa. Por fim, pela terceira ou quarta vez, desceram novamente ao porão. Não me alterei o mínimo que fosse. Meu coração batia calmamente, como o de um inocente. Andei por todo o porão, de ponta a ponta. Com os braços cruzados sobre o peito, caminhava, calmamente, de um lado para outro. A polícia estava inteiramente satisfeita e preparava-se para sair. O júbilo que me inundava o coração era forte demais para que pudesse contê-lo. Ardia de desejo de dizer uma palavra, uma única palavra, à guisa de triunfo, e também para tomar duplamente evidente a minha inocência.
    - Senhores - disse, por fim, quando os policiais já subiam a escada - , é para mim motivo de grande satisfação haver desfeito qualquer suspeita. Desejo a todos os senhores ótima saúde e um pouco mais de cortesia. Diga-se de passagem, senhores, que esta é uma casa muito bem construída... (Quase não sabia o que dizia, em meu insopitável desejo de falar com naturalidade.) Poderia, mesmo, dizer que é uma casa excelentemente construída. Estas paredes - os senhores já se vão? - , estas paredes são de grande solidez.
    Nessa altura, movido por pura e frenética fanfarronada, bati com força, com a bengala que tinha na mão, justamente na parte da parede atrás da qual se achava o corpo da esposa de meu coração.
    Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a sua condenação.
    Quanto aos meus pensamentos, é loucura falar. Sentindo-me desfalecer, cambaleei até à parede oposta. Durante um instante, o grupo de policiais deteve-se na escada, imobilizado pelo terror.     Decorrido um momento, doze braços vigorosos atacaram a parede, que caiu por terra. O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes.
    Sobre sua cabeça, com a boca vermelha dilatada e o único olho chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao carrasco. Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!
EDGARD ALLAN POE